O TROPEIRO
GREGÓRIO BONIFÁCIO ESPÍNDOLA
(dn:22-05-1899), casado com Senhorinha da Silva Espíndola, entrevistado em
18/07/1988 (89 anos) às 16:00 horas
C.B. – Qual
é a sua idade?
G.E. – Fiz 89 anos no dia 22 de
maio de 1988. Meus pais se chamavam Bonifácio
Antonio Espíndola e a mãe era Rosa
Tavares. Meu pai era de Palhoça - SC e a minha mãe era de Vila Nova de
Imbituba. Eu nasci na Rua do Fogo. Com 21 anos (1920), solteiro vim parar na Fumaça. Meus pais compraram um
terreno do Luiz Búrigo, perto do Ki-Arroz Fumacense, no Barracão. Meus pais
eram amigos e companheiros do Pedro Gabriel. Eu cheguei em 1919. Meus pais em 1923. Em 1921 fui trabalhar no Rio Grande. Aqui
na Fumaça eu plantava milho, mandioca. Criava porcos e bois e os vendia para o
Guglielmi e o Cechinel. Hoje, com quase 90 anos, tenho ainda 40 bois. O
primeiro açougueiro de Morro da Fumaça, fui eu. Eu fui o primeiro barbeiro
aqui. E o primeiro cortumeiro. Eu fazia celas, tamancos. Coloquei uma loja de
roupas. Isto lá por 1923. Eu voltara do Rio Grande onde eu era chefe de um
trem. Casei-me em 1925, com Sinhorinha da Silva. Ela era de Urussanga velha.
Filha de Domingos Silva. Ela atendia pelo apelido de Sinhá. Eu a conheci na
casa do Manoel Lucinda que era gerente de José Guglielmi e Cia. Foi ele quem
ensinou o José Guglielmi a ler e negociar. Esse Manoel Lucinda era casado com
uma irmã de Sinhá. Ganhou Gêmeos. Sinhá veio socorre-la. Aí nos engatilhamos...
Risos. Eu vivi com a Sinhá 62 anos e 5 meses. Foi um casamento muito feliz. (BIFF, 1988, p.73).
REFERÊNCIAS
BIFF,
Claudino. Morro da Fumaça e Sua Divina e
Humana Comédia, 1988.
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